sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Questionamentos

Acreditavas que conseguirias um corpo desejante de ti, de Nós, a te esperar – solitário e paciente – os momentos de libertação de teu egoísmo?

Pensavas que com macias palavras amansaria o coração que abandonavas?

Afinal quais eram tuas intenções?

Porque tanto nervosismo para comunicar algo que dizias “ingênuo”?

Somente teme aquele que sabe estar errando.

Cavou friamente o terreno para plantar a semente do não-futuro. Esperavas o que? Apenas uma lágrima triste? A qual o teu abraço hipócrita sanaria?

Enganavas, dia após dia, a esperança alheia. Achou que essa esperança era uma pena ao vento? Não, mil vezes não! Essa esperança foi minha alma. Machucaste a minha alma. E por isto te dei um Instante de Destruição. Ainda assim fui leviano com minha dor.

Na falta de um futuro, extermino o presente.

Esmago teus olhos de vidro. Destruo teus contatos com o mundo. E marco em tua pele aquilo que não pude em teu coração. Rompendo pela raiz a espinha dorsal do amor para que dela nada mais sobre. E ainda assim fui leviano com minha dor.

Sem um futuro que o nosso tempo seja o hoje marcado ao ferro do Ódio. Diante da inexistência, eu sou parteira e mãe do Instante Destrutivo. E que ele seja Eterno, sem julgamentos sobre bondade ou maldade. Porque de julgamentos já me bastou o teu olhar pessimista sobre o amanhã.

Eis então o pequeno covarde – proclamador da inexistência e assustado com o instante destrutivo – foge...cego...estúpido. Irresponsável por aquilo que cativou. Ele só mais um, dentre tantos outros.

Encontrarei alguém que faça a diferença?

Um comentário:

  1. Estou embasbacado. Difícil encontrar gente que escreva bem, e tu escreve bem pra caralho. Adorei teu blog. Vou passar a visitar com frequência.

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