domingo, 25 de novembro de 2012

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Debruçada sobre tua filosofia
Emaranho-me na lógica de teus pensamentos
E em cada palavra escrita, encontro tua vontade planejada
E assim vou te possuindo,
Ai onde tua alma pulsa pretensamente intocada

Recuo, espiando sobre teus ombros imaginários
aquilo que escreves, vivamente concentrado
Deslizo minhas mãos sobre teus cabelos
Afagando com amor esse mestre que admiro
E brandamente escorrego minha pele sobre teu braço firme que escreve
Sentindo a tensão e intenção nas tuas frases desenhadas

E já que não me beijas
Beijo eu as tuas palavras
E nelas degusto o sabor de tua racionalidade
Experimentando o teu olhar que mira o mundo

Ah querido Mestre
Podes até fugir fisicamente de mim
Mas te encontro e te possuo
nos textos de tua filosofia
Deito-me e rolo com você em minha cama

E sob folhas de papel, atormentadas por tuas frases
Coabito o mundo de tuas idéias
Ai onde se constrói, o sentido de tua filosofia
Que é o teu corpo vivido e significado no encontro com outros corpos
Que agora também são meus, alcançados pela ponte de tuas palavras

Cerco-te em impressões
E devoro-te em leituras
Te fazendo gemer em amassos e dobraduras
Questiono, discordo e discuto contigo em rabiscos
marcados nos cantos de teus pensamentos formatados

E no desenrolar de nosso silencioso diálogo
Vou te significando sem teu consentimento
És para mim duração, convidado especial do meu Agora
Marca intransponível em minha cognição
Alvorecer de meus afetos

E juntos, confluídos por textos e leituras
E sem teu consciente querer
Tecemos juntos uma simbiose
Já não podes me evitar
Uso-te deliciosamente em citações
Costurando-te a minha vida acadêmica
Não podes mais fugir
Te signifiquei em minha vida

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Portal da Redenção


Doem-me os sonhos que já não posso mais sonhar
E com profundo pesar enterro diariamente esses filhos natimortos de minha alma
Voltando mecanicamente para a triste rotina que arranha desesperada esse corpo já tão vazio
A vida é um caminhar para a profunda decepção
E sob o peso desse obscuro sentimento, atravesso em pensamento o portal do suicídio
Mergulhado nesse vácuo existencial e quando já nada mais posso nele
Meus olhos reabrem-se encontrando na vida aquilo que ela tem de primordial: a simplicidade sem pretensão
Ressuscito estéril
Transando sensibilidades sem gestação
Gozo sem frutos, sem peso, sem objetivos
Apenas e humilde gozo!

terça-feira, 2 de outubro de 2012


"Há quem diga que a tristeza é ruim, tantos outros dizem da Raiva. Que minha vida seja sempre Raiva e Tristeza, mas jamais decepção! Decepção é o que tem de pior, ela é o velório de algum ente querido da alma"

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Stalking II – Da Caça


Cada Não
Uma excitação
Cada silêncio
Uma fantasia arremessada
Para cada recuo
O gozo do avanço em tua direção
E quanto mais foges
Mais atiça as minhas vontades
Você é minha caça
E quando te escondes
Incita minha curiosidade
Ela busca o mistério de tua existência
E no ato do teu esconder
Descubro o prazer de te encontrar
Farejo teus rastros
Desvelando o teu abrigo
Pequena vida burguesa recalcada
Vou te cerceando sem o teu querer
Sei cada passo teu
Cada ritmo, cada vontade, cada número
Sei até aquilo que tu não podes saber
Delicioso controle de tua vida oculta
Estás encurralado
Prato feito para ser devorado!


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Keine Macht




Du bist wie ein Vulkan,
denn Deine Worte brennen tief in mir!
Alles was Du sagst, macht keinen Sinn!
Was willst Du noch von mir?

Stoß den Dolch noch tiefer in mein Fleisch,
Du genießt es, wenn ich leiden muss!
Du bist nur eine Schlampe und
es macht mir nix aus, dass Du verrecken wirst!

eins, zwei, drei, vier bin endlich weg von Dir,
fünf, sechs, sieben, acht Du hast jetzt keine Macht mehr
über mich
Verpiss Dich!
eins, zwei, drei, vier bin endlich weg von Dir,
fünf, sechs, sieben, acht Du hast jetzt keine Macht mehr
über mich
Verpiss Dich!

Nun stehst Du hier vor mir und
Deine Augen lügen mich nur an!
Du hast mein Herz verbrannt,
nur Asche bleibt,
was habe ich Dir getan?

Ich werde mich befreien,
Du kannst mich nicht zerstören!
Auch wenn Du jetzt noch glaubst,
dass wir zusammen gehören!

eins, zwei, drei, vier bin endlich weg von Dir,
fünf, sechs, siebin, acht Du hast jetzt keine Macht mehr
über mich
Verpiss Dich!
eins, zwei, drei, vier bin endlich weg von Dir,
fünf, sechs, sieben, acht Du hast jetzt keine Macht mehr
über mich!

Nie wieder wirst Du mich verführen!
Nie wieder würd' ich Dich berühren!
Es tut jetzt nicht mehr weh,
wenn ich Dich in meinen Träumen sehe!
Nie wieder wirst Du mich verführen!
Nie wieder werde ich Dich berühren!
Doch ein kleiner Teil von Dir,
bleibt für immer tief in mir!

eins, zwei, drei, vier bin endlich weg von Dir,
fünf, sechs, siebin, acht Du hast jetzt keine Macht mehr
über mich
Verpiss Dich!
eins, zwei, drei, vier bin endlich weg von Dir,
fünf, sechs, sieben, acht Du hast jetzt keine Macht mehr
über mich
Verpiss Dich!

Stalking I – Da fome


Transito por um território existencial terrível
Em que uma fome avassaladora me tira a (c)alma
Já não produzo mais
Tampouco me percebo alguém
Apenas sinto, sinto, sinto e sinto repetidamente essa fome que me devora
Mastiga vorazmente o meu tempo
Engole velozmente minha alma
Sou vazio existencial que só se preenche através do olhar de Outrem
Olhar que me constrói, me cria, me devolve o eu
Preciso do olhar-mestre que oriente meu desejo
Pois meu único desejo agora, só é desse olhar
Vivo dependente daquilo que jamais me satisfaz
Estou definitivamente infeliz
Depositei no teu olhar a minha existência
E você não me vê
Fome que me come, me consome, me some
Suspende-me do meu existir
Obsessivo-Amor-Não-Correspondido

quinta-feira, 6 de setembro de 2012



Amour

Die Liebe ist ein wildes Tier
Sie atmet dich, sie sucht nach dir
Nistet auf gebrochenem Herz
Und geht auf Jagd bei Kuss und Kerzen
Saugt sich fest an deinen Lippen
Gräbt sich dinge durch die Rippen
Lässt sich fallen, weiss wie Schnee
Erst wird es Heiss, dann Kalt, am Ende tut es weh

Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen

Die Liebe ist ein wildes Tier
Sie beißt und kratzt und tritt nach mir
Hält mich mit tausend Armen fest
Zerrt mich in ihr Liebesnest

Frisst mich auf mit Haut und Haaren
Und wirbt mich wieder aus nach Tag und Jahr
Lässt sich fallen, weich wie Schnee
Erst wird es Heiss, dann Kalt, am Ende tut es weh

Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen

Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen

Die Liebe ist ein wildes Tier
Sie atmet dich, sie sucht nach dir
Nistet auf gebrochenem Herz
Und geht auf Jagd bei Kuss und Kerzen
Frisst mich auf mit Haut und Haaren
Und wirbt mich wieder aus nach Tag und Jahr
Lässt sich fallen, weiss wie Schnee
Erst wird es Heiss, dann Kalt, am Ende tut es weh

Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen

Die Liebe ist ein wildes Tier
In die Falle gehst du ihr
In die Augen starrt sie dir
Verzaubert wenn ihr Blick dich trifft

Die Liebe
Die Liebe ist ein wildes Tier
In die Falle gehst du ihr
In die Augen starrt sie dir
Verzaubert wenn ihr Blick dich trifft

Bitte Bitte, geb' mir Gift
Bitte Bitte, geb' mir Gift
Bitte Bitte, geb' mir Gift
Bitte Bitte, geb' mir Gift

Oh querido Mestre!

Foi com certo receio que abri aquela porta
Será que estarei adentrando ao meu objetivo destino?
Escondi-me num recanto passível de ser esquecido
Porém você não esqueceu, indagou, provocou e fixou teus olhos nos meus
Finos e agudos diamantes arranhando a proteção de minha alma
Adentrando nos lugares mais sensíveis de minha intensa existência

E mesmo buscando meu idealismo existencial
Mergulhei, através de ti, no amor platônico

Frases dançavam de teus lábios chegando a mim num ritmo intenso que me envolvia
É um bom condutor nas danças silábicas
E me deixa entregue sob os braços de teus argumentos

Ah! Deleito-me em tua voz que me balança toda
Até mesmo lá onde os sonhos repousam suas vivências
E na empolgação de teus discursos delirantes
Alucino minha alma com arrepios dilacerantes

Meus olhos deslizam junto a teus movimentos
Inalando cada aroma exalado de teus estremecimentos
Beijo tuas palavras quentes recém acariciadas pelos teus deliciosos lábios

Desejo-te e te possuo através do meu olhar que te percorre em todas tuas curvas,
E mesmo sem te tocar, sinto a textura de tua pele e te beijo em pensamentos.
Acaricio teu rosto e desabotoou tua camisa para aconchegar-me em teu peito viril.

Ah o Idealismo! Ele também é Existência!

Você fala em Fenomenologia como o exercício do risco.

Mas e você?

Você se arrisca?

Ou te esconde atrás de livros e palavras, passando noites em claro mergulhado em frias letras?

Ah eu te quero e não temo o risco do meu querer, não temo tampouco os tediosos pudores e moralismo que isso possa despertar.

Minha vida está no agora, e agora sinto esse avassalador desejo, minha vida é aqui!
Mesmo que esta existência seja a pura ilusão, ainda assim, não a nego e vivo-a com todo meu sangue latejante, o mesmo que ferve ao pensar em ti. E ultimamente ele só tem fervido.

Uso minha personas representando aquilo que esperam de mim
Porém por dentro meu mundo é explosão de afetos e ousadas vivências
E enquanto lá fora tudo está estagnado na mesmice
Aqui por dentro eu subverto a ordem
E te levo junto comigo a outros tempos e mundos
Você e eu percorrendo em ato aquilo que teu discurso te limita

Amo teu discurso
Mas amo ainda mais a tua pele, teus lábios, teus gestos e olhos sagazes
Que são potencias amorosas

E sob o peso de minha contradição verborrágica, digo novamente: Te quero!

E mesmo que isso não se realize em ato físico
Agora já não se iludirás mais a respeito de meu olhar “a-luna”
Meu olhar antiético são garras a te possuir e a te beijar sem teu consentimento
E isso só já me satisfaz, porque sou a Velha Sombra Herege em meu castelo de perversões!
E agora você é meu prisioneiro, consciente prisioneiro
e em todas as aulas você me servirá através das representações em teu magnifico palco discursivo
Enquanto aqui estarei eu, em silencio, a lambuzar-me de teu corpo e alma!

Desejo-te!

sábado, 1 de setembro de 2012

Serpent Rise- Kharma


Listen my voice at the night winds
touching your face where the lord spit his madness
remember the glory days at the gardens of your castle
where the kings quiet at your feets...where kings
quiet at your feets.
remember your indiference that killed my soul,
remember there´s the returns law made by him to
punished cruel acts of heartless people

feel the touch of the divine hands making your body
chill and forever sleep on a carpet of sweet flowers.

Drink the biter wine of death at the sacred chalice of
sin and crawl at the black forest, home of impure
soul, looking for me remembering the glory days at the
gardens of your castle and kiss my mouth passionately
redeming all your sins


Venham todos dilacerar um pouco mais dessa minha perniciosa carne
Que revive a cada mordida e estupro
Venham alimentar-se do que é pura ressurreição
Sou potencia, e darei a vocês um mundo de sangue
Que oxigena e coagula suas pretensas vidas

Venham, pois amarei-vos com todo meu potencial
Queimando-os com o ácido de meus lábios ardentes
Venham suicidar-se em meu útero
Derramando nele o seu gozo de morte
Sou a necrofilia existencial
E com ela gerarei o aborto: Sucessor de teu destino

Delicio-me em sua vontade frustrada
Sou a sombra em teu percalço
Corre...corre ...
para eu sempre te alcançar
E só na escuridão não te perseguirei mais,
Mas estarei em ti, Sobre ti, Dentro de ti
Devorando tua alma

Venha !ou Fuja!
Sou Sombra, Heresia e Perversão
E se vires, depositarei em teus lábios trêmulos
O beijo herético que desvia o rumo de tua vida
Em prol da minha
Dôo meu sangue oxigenando e coagulando sua vida
Acanhada vida
Coagulada
Coagulação Devorada




Destinado aos deliciosos Espectros que alimentam minha alma fazendo dela um reino de Heresias

sábado, 18 de agosto de 2012


Acordei-me ao som do sabiá laranjeira. Despertei mergulhando em sonhos. Um acordar para dentro, recordando a primavera de minha alma.

O canto do sabiá prenuncia a primavera. Não a humana – essa cheia de cálculos e previsões – mas sim, esse despertar cheio de encantos vindo das profundezas da terra, por longo tempo adormecido nos braços de Hades. 

Ah! Querido sabiá, que através desse canto, é convite e portal. Transporta-me a um sonho construído ao som de cantos passados. Recantos, recônditos de minha alma. Saudade renascida e assassinada no ato da própria lembrança. Sonho que para além de imagens é, antes, sensações, desejo e realizações.  Condensa nesse instante do sonhar, o retorno ao território do pretenso primórdio. Sonho que não é realidade, mas existência, meta existência.  Silenciamento do corpo físico em detrimento de um encontro com o essencial. Vivência do idealismo platônico? 

O canto do sabiá não é apenas som é minha alma em ação, é meu corpo silenciado com gritos e rebuliços internos. E nessa melodia encontro fonte, água, amor. Já não sei quem sou, ocupo o todo. E a música já não vem de lá, ela está aqui. Eu sou a música, a fonte, a água e o amor. E a fonte jorra amor escorrendo em forma de música. E o amor derrama melodias da fonte.  A fonte de água canta amores. E os sons gotejam da fonte o delicioso amor. E a água verte amores como fonte de música. E o amor pulsa como fonte pingando melodias. A música canta amores desaguados da fonte. E da fonte amorosa eu bebo melodias. E melodias transbordam fontes de amor. E o amor é canção de uma fonte que jorra... Sou fonte, água, melodia e amor. E me transporto de um ao outro em curta fração de tempo. E o tempo é cada vez mais curto, E de tão curto o tempo, esse um está no outro, e o outro já é esse um. Não há mais tempo, não há mais um nem outro, não há fronteira. Não me pertenço, sou um não-eu. Sou existência.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Immortal

I am here to protect you from the curse of solitude
You are safe now nobody's going to hurt you anymore
I am here to refill the empty in your soul
Let us fix all your trouble to getting in control


Nobody knows what heaven holds
I only guide you to this goal
You have to find your way
'cause no one knows the answer


Don't be afraid heaven will wait
For all those ones who acted right
No more tears and pain
I promise you won't suffer


I am here to recover all the damage in your heart
You can trust me, nothing's impossible; i've watched you from the start
I am here to relive the sadness in your eyes
Take my hands let's fly together a leap into the void


Nobody knows what heaven holds
I only guide you to this goal
You have to find your way
'cause no one knows the answer


Don't be afraid heaven will wait
For all those ones who acted right
No more tears and pain
I promise you won't suffer

Dançando entre a decepção pelos jovens fugazes
E alegria de retornar a meu fiel companheiro
Um chamado me convoca

Eis que surge nas sombras da noite
O maligno aracnídeo
Entre a fuga e o enfrentamento
Extraviei minutos sagrados
Aracnídeo astuto
Com uma única palavra me deu o maligno bote

Ah! Sempre temi as aranhas
Adivinhava nesse medo o meu futuro
Uma aranha me picou
E aqui estou inebriada em seu doce veneno

Tece em meu corpo seus fortes abraços
Engolindo com beijos meu fraco fôlego
Você me envolveu em sua teia
E eu perdi minhas resistências

Com minha última força tento fugir
Mas na exaustão dos delírios
causados pelo teu delicioso veneno
O que me sobra é a plena entrega

E mesmo que eu sinta medo
Já não recuso mais os teus laços e abraços
São teias que me envolvem e me prendem

Já não me pertenço
Sou parte do emaranhamento de tua teia
Ah! Maldita aranha
Aproveite e Devora-me




segunda-feira, 23 de julho de 2012



Forlorn Hope

An old man is proud,
But behind his modest smile lies the grief
Only one picture of his brave son remains

It seems that the vicious circle can never be broken through

The hopeful ones gathered their strength to achieve the apparent impossible
But all plans seem to be in vain

As a soldier of Allah he's an example
For the others on his bloody way to immortality

It seems that the vicious circle can never be broken through
Because old wounds are reopened every time

This Intifada as a device to thwart the peace negotiations

He can rely on a reward in the hereafter
Eternal paradise awaits him

(Yitzhak Rabin)
"The peace that was born today, gives us
all the hope that the children born today
will never know war between us,
and their mothers will know no sorrow.
Allow me to end by the simple words:
Shalom, Salaam, Peace."

Pugnacity
With our blood
Show no mercy
With our soul
Die for heaven
An eye for an eye
Burn to let them...
Suffer for all their actions

We will not move an inch
They won't play in our hands
We will not tolerate those who defy

We will not hesitate
To start an attack if,
You undermine the agreement

Let them suffer
Stop to let them suffer!