segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sonhos

Eu tenho sonhos que ultrapassam as fronteiras e o tempo
Somos almas livres procurando nossos corpos
Para repousarmos nossos sentimentos

Eu tenho sonhos, e sua paisagem são profundos afetos
E de nosso olhar entrelaçado
Trocamos cumplicidades carinhosas

Nos recantos recônditos de nossas almas
Cultivamos o amor de nossos sorrisos
Amor declarado a demasiada distância

Eu tenho sonhos, para sentir a tua pele
E estamos lado a lado
Para quedarmos em nossos braços e abraços

De teus lábios escuto melodias e amores revelados
Doces sonhos que nos inebria de paixões
E nas curvas de nossos lábios
Nos entregamos em delicios beijos

Eu tenho sonhos para enfrentar a distancia
E de vossa alma serena e viril
ter você comigo, sempre junto a mim
Prisioneiro de minha intensidade

(Destinado a o músico oriental que embala meu sono ao som de sua citara)

domingo, 4 de dezembro de 2011

DEGENERAÇÃO


Eu tenho olhos, braços e gatilhos em muitas esquinas, cidades e vilas
Tantos são meus admiradores e amigos e eles são a extensão de minhas vontades
Então fuja enquanto pode... corra... corra e não olhe para trás
E cuidado ao dobrar as esquinas da vida, poderás ser atingido por uma bala perdida

Fugirás do braço destrutivo, fugirás do repentino soco
Mas jamais fugirás do teu coração
Ele foi atingindo pela Peste da Heresia
Você está contaminado e envenenado
Eu sou o ácido e o vírus que queima o teu coração
E estarei ai até destruir com tudo

Mais irremediável que minha peste é a que nasceu contigo
Essa nem profetas, cientistas e todos os bons hábitos podem te curar
Ela se encontra no âmago de teu corpo e alma
Ela é teu código genético
Você é a auto-degeneração
Um devir demência
E definhas dia após dia

Definhas dia após dia...

Caminha a passos largos para teu leito de decrepitude e morte
Você é a decomposição disfarçada de pessoa
Se traveste de bondade para enganar o teu espelho
Mas olhe melhor e verás a putrefação de tua existência
Seus desejos são parvos
E tuas ações já demonstram o estado da afrenia

Seus cabelos, pele e membros murcham
E sua Vontade.... Ah? Ela existe?
Você nunca saberá o que é Existir realmente
Trancado e protegido viverás apenas a tua semi-vida
Vergonhosa pseudo-vida que logo acabará...
...totalmente degenerada! 

(Destinado ao Bom anjo que não tem asas para voar e  apodrece pouco a pouco)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Leech






Nobody believes you 

Marble no kabe wa takaku doro ni mamirete ita yo
naguritsukerareta youna itami ga ore wo hanasanee
tairyou ni koboreta Imperfection kanzen ni nomareta Expression
I who sings black again. I who dyes black again
nandomo atama wo tsubusu Insult

Let's send a gallows in the last scene which you hope for
Don't hush up a mistake
Take responsibility
imada mienee yukue shirezu no mono matowaseta no wa subete uwabe dake
uritobasareta no wa shisou no gizou shikori mo sezu mata yotte kiyagaru

Can you hear the counting song of pain, baby?
[I want to scatter your face]
me ni utsuru kotae wo egaku
[I want to scatter your trick]
Can you hear the counting song of pain, baby?
[I want to scatter your excuse]
kuroki hi wa ima mo asenu mama
A prosecute. Your luck will run out someday
Hatred to you is a proper act

Nagareta kekkan to muhyoujou to muryoku toki ga boukyaku ni uete mo wasureru koto wa shinai

You are the same as a leech which sucks blood to live

Let's send a gallows in the last scene which you hope for
Don't hush up a mistake. Take responsibility
imada mienee yukue shirezu no mono matowaseta no wa subete uwabe dake
uritobasareta no wa shisou no gizou shikori mo sezu mata yotte kiyagaru

Can you hear the counting song of pain, baby?
[I want to scatter your face]
me ni utsuru kotae ga kieru
[I want to scatter your trick]
Can you hear the counting song of pain, baby?
[I want to scatter your excuse]
kuroki hi wo houmuru muimi sa ni
I felt humiliation

utsukushiki seijaku ga kanashige ni yureteru me wo fusagu koto sae tsumi
A prosecute. Your luck will run out someday
Can you hear the counting song of pain, baby?
You are the same as a leech which sucks blood to live

Fuck off

domingo, 20 de novembro de 2011


Com asas abertas lanço-me em vôo em direção ao Oriente
Lá onde a guerra nunca cessou sua onipotência
Entre balas, cadáveres e granadas
Busco minha presa de olhos amendoados
Delicada presa fugidia
Escondida sob os escombros do Ódio

De seus lábios, perfeitamente delineados, arranco o mais delicioso beijo
O sangue corre em minhas veias como correntezas em queda livre
Esquentando seu corpo esguio, trago de volta a vida
Um coração e amante árabe

Entre o Oriente e o Ocidente
Encontram-se nossas peles
Desejantes do gozo

Venha príncipe árabe
Te mostrarei os caminhos do Ocidente
E a fervura de uma paixão latina

Venha comigo para o Novo Mundo
Aqui serás prisioneiro apenas de meu coração obscuro
Venha para meu castelo príncipe Majed

A Sombra te envolverá como um manto quente
E sob o leito de heresias cometeremos os mais deliciosos pecados

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Questionamentos

Acreditavas que conseguirias um corpo desejante de ti, de Nós, a te esperar – solitário e paciente – os momentos de libertação de teu egoísmo?

Pensavas que com macias palavras amansaria o coração que abandonavas?

Afinal quais eram tuas intenções?

Porque tanto nervosismo para comunicar algo que dizias “ingênuo”?

Somente teme aquele que sabe estar errando.

Cavou friamente o terreno para plantar a semente do não-futuro. Esperavas o que? Apenas uma lágrima triste? A qual o teu abraço hipócrita sanaria?

Enganavas, dia após dia, a esperança alheia. Achou que essa esperança era uma pena ao vento? Não, mil vezes não! Essa esperança foi minha alma. Machucaste a minha alma. E por isto te dei um Instante de Destruição. Ainda assim fui leviano com minha dor.

Na falta de um futuro, extermino o presente.

Esmago teus olhos de vidro. Destruo teus contatos com o mundo. E marco em tua pele aquilo que não pude em teu coração. Rompendo pela raiz a espinha dorsal do amor para que dela nada mais sobre. E ainda assim fui leviano com minha dor.

Sem um futuro que o nosso tempo seja o hoje marcado ao ferro do Ódio. Diante da inexistência, eu sou parteira e mãe do Instante Destrutivo. E que ele seja Eterno, sem julgamentos sobre bondade ou maldade. Porque de julgamentos já me bastou o teu olhar pessimista sobre o amanhã.

Eis então o pequeno covarde – proclamador da inexistência e assustado com o instante destrutivo – foge...cego...estúpido. Irresponsável por aquilo que cativou. Ele só mais um, dentre tantos outros.

Encontrarei alguém que faça a diferença?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Call Out My Name



You're laying on your bed on a hot summer night
Underneath the lunar light
I am a dream I am a phantom of desire
Call out my, call out my name

Call out my name, call out my name in the night
For a bitter love, for a bitter pain
Call out my name, call out my name in the night
For a bitter love, for a bitter pain

I've come a calling from, a thousand ages past
I was the first I'll be the last
I am a scratching on the windows of your soul
Call out my, call out my name

Call out my name, call out my name in the night
For a bitter love, for a bitter pain
Call out my name, call out my name in the night
For a bitter love, for a bitter pain

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sou Passageira

Mais uma estrada percorrida
Deixo minhas pegadas fortes
Nesse terreno macio

Foram belos campos
Com flores e arco-iris
Onde desejei deitar no gramado
E ficar acariciada para sempre
pelo brilho do sol

Mas a paz me cansa
Sou passageira
e minha alma transmuta
sempre curiosa dos além

Deixo os vales verdejantes
Com uma pequena dor no peito
E algumas lágrimas

Mas o Além sempre me cativa
Revigora o peito comprimido
Oxigena o olhar e as vontades

Deixo mais um terreno
E assim como outros
Sempre encontro melhores paragens

Para trás ficam algumas lembranças
E os fantasmas encaixotados nas suas mesmices
Marionetes de almas fracas e apodrecidas

E eu sigo, sempre avante, avante
Para além dos vales e montes
Apreciando cada terreno que Piso

(Destinado a um anjo que não tem asas para voar... e que morrerá na sua auto-degeneração)


Eu sou o passageiro
Eu rodo sem parar
Eu rodo pelos subúrbios escuros
Eu vejo estrelas saindo no céu
É o claro e o vazio do céu
Mas essa noite tudo soa tão bem

Entre no meu carro
Nós vamos rodar
Seremos passageiros à noite
E veremos a cidade em trapos
E veremos o vazio do céu
Sob os cacos dos subúrbios aqui
Mas essa noite tudo soa tão bem

Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
Cantando lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá

Olha o passageiro
Como, como ele roda
Olha o passageiro
Roda sem parar

Ele olha pela janela
E o que ele vê
Ele vê sinais no céu
E ele vê as estrelas que saem
E ele vê a cidade em trapos
E ele vê o caminho do mar

E tudo isso foi feito pra mim e você
Tudo isso foi feito pra mim e você
Simplesmente pertence a mim e você
Então vamos rodar e ver o que é meu

lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá)
lá-lá, lá-lá (lá-lá-lá-lá) lá-lá-lá

Olha o passageiro
Que roda sem parar
Ele está seguro ali
Conhece o mundo pelo vidro do carro

E isso tudo ele sabe que é seu
Ele vê o vazio do céu
E ele vê as estrelas sair
E ele vê a cidade durmir

E tudo isso é meu e seu
E tudo isso é meu e seu
Então vamos rodar e rodar e rodar e rodar

domingo, 16 de outubro de 2011

Criação

Anos se passaram desde minha chegada
Nunca permaneci pois sou o vendaval
que arrasta e consome as diferenças

Incorporo em minhas veias todos os cultivos.

Minha alma está em todos os tempos e culturas
Me satisfaço apenas com os novos sabores
Nunca permaneci pois sempre busco mais e mais

Mas anos se passaram desde de minha chegada
E agora minha alma se encontra empobrecida
minhas veias estão secando
E meu coração fermentado pulsa líquidos azedos
Estou me intoxicando, estou morrendo

Eu quero - eu preciso - partir

Não encontro mais a saída
Perdi minha força

Dia após dia me debato nas curvas de uma mesma cidade
Reencontro meus passos na areia marcada
Agora sou apenas um vento suave fazendo cócegas na mesmice

Como me deixei vencer?

Minha pele se descama
Se empluma em busca de novos voos
Eu preciso respirar outros ares
Meus pés buscam estradas infinitas de eterna transformações
Meu coração cigano deseja sempre novos territórios afetivos

Deixo atrás de mim o caminho em direção ao Novo
Sigam-me os aventureiros, curiosos e adivinhos

Eis o furacão mordendo meu peito

Eis a dor rompendo a minha carne
Minhas veias jorram tempestades
Sou a implosão, explosão e destruição
E vou levar comigo o passado e o futuro
Moldando com desgraças e esperanças o meu Hoje


Eu sou o vendaval e a transformação
A existencia em ato, sem planos e platonismos
Nunca a priori, sempre a praxis

Sou o Caos, Sou a criação

Cria Ação


No tengo lugar
Y no tengo paisaje
Yo no tengo patria
Con mis dedos hago el fuego
Con mi corazon te canto
Las cuerdas de mi corazon lloran
Naci en al amor
Naci en al amor

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não é por Amor que eu vivo. Meu melhor alimento é o Ódio. Ódio colhido no campo de meus inimigos e cozido na forma de minha repulsa. Ódio delicioso que alimenta meu espírito vingativo. A minha melhor vingança é minha Eternidade. Eternidade aguda e afiada que esquarteja os medíocres mortais. Sou uma Sombra Eterna nos campos de meus inimigos. E com minha escuridão devoro minhas vítimas através do medo que lhes aflige. Não é por Amor que cresço. É a energia do Ódio que me impulsiona cada vez mais para longe e para o alto.

Meu peso intenso esmagará vossas cabeças por todo o tempo até vossas mortes. Vós seres medíocres que me enojam. É desse nojo e desprezo que aprendo a ser diferente de tudo que não quero. E luto e me transformo dia após dia sempre em busca de mais e mais, e sempre muito longe de vós. É de vossas imagens asquerosas que aprendo sempre a ser Eu, elevando ainda mais alto meu espírito Imortal. Vós sois o quadro estagnado que contemplo para lembrar por onde não devo ir. Vossas vidas cheias de medo e incoerências são um circo a meus olhos sagazes. Cuspo sobre vossas almas seres medíocres. Vossa mediocridade contenta-se em existir apenas em baixos muros. Jamais poderão viver a beira de um abismo ou no brilho de uma estrela. Nascem, crescem e morrem em vossos murinhos em meio a toneladas de outros cadáveres. Vocês morrem? Mas é possível morrer quem já se encontra morto?

Eu sou a Velha Sombra Herege e esmago vossas cabeças com minha escuridão. Busco o terror de minhas trevas nos abismos mais profundos. Lá onde apenas os Deuses e Demônios podem entrar. E minha Eternidade amplia-se na ardência das mais vigorosas estrelas. Lá onde o vácuo implode o corpo celestial. Lugares aonde jamais os espíritos medíocres chegarão. Pois a mediocridades vive protegida em cima do muro que divide as intensidades. Mas só se protegem os fracos. Eu me atiro e vivo intensamente os extremos porque em minhas veias corre o mais precioso sangue de energia e fortaleza. Meus olhos finamente lapidados são diamantes negros a perfurar esse mundo. E nada passa inerte diante desses diamantes. Não é por Amor que eu vivo. Mas com Amor eu brinco e me divirto, delicioso passatempo. Passa tempo. Eu Eterna.

Seguia – com a fé dilacerada – o meu caminho solitário. Um olhar para o futuro com a esperança murcha. Foi-se o tempo em que meus passos procuravam alinhamento com outros passos. Acreditava eu na força da união. Mas nessas andanças conjuntas eu apenas tropeçava, caindo sempre na lama do desespero. Aceitei meu bailar monge, e seguia assim sempre só. Solitário e objetivo se tornou minha trilha, sem preocupação com alinhamento de ritmos. 

Mas eis que então atravessou em meu caminho o brilho de um sorriso sincero e sereno. Perdi a pressa, desejando apenas contemplar esse brilho. Para onde foram meus objetivos? Novos rumos se construíram com essa luz.  Meu coração alegre cantou a sinfonia da união. Idealizei estradas e paragens percorridas com a força e a velocidade de dois. Mas descobri que não há sonhos para dois, o caminho é sempre único e estreito. Caminho esse que apenas passa um. Eu sempre tento me espremer para te ter ao meu lado, mas te cansa e te incomoda os lugares apertados. Prefere apertar-se junto a amigos. E então o que posso fazer? Minha vontade nunca será suficiente para conquistar tua vontade. Minha vontade anda a passos largos em meu caminho, o estreito caminho solitário.  E sei que logo tudo acabará. Não tenho mais fé, e me cansa sofrer essa antecipação. As vezes penso: “Porque continuar?”


 Quero fugir para meu caminho estreito e objetivo, fechar as portas atrás de mim e me fazer invisível aos olhos apaixonados que estagnam meu sangue violento e selvagem. Não suporto mais ser atirada na lama do desespero. Meu amor é demasiado intenso para os pequenos corações. Sou proibida de amar. Escondo meu Amor em lugares obscuros transformando-o em vinagre de Ódio. Mas vocês não querem meu Amor e tampouco meu Ódio, e então porque me importunam? Porque se atravessam em meu caminho?

Vou empunhar uma faca, e para todos os olhares e lábios carinhosos que me importunarem eu me vingarei esquartejando-os. Não suporto vossas caricias hipócritas, vossa sedução irresponsável, não suporto mais a conquista que se enoja do que conquistou. Saiam de perto de mim! Me deixem só! Eu apenas quero seguir ... ir... e nunca mais voltar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Verdade, Mentira e Realidade


De teus lábios eu vejo palavras sendo costuradas em frases através da linha de uma lógica. A tua lógica! Linha essa, presa a agulha fina e firme de tua vontade. Ponto por ponto - de tua vista - se costura o forte tecido de tua verdade. O tecido da manta pesada e quente, que te situa e te acalenta, num mundo de inexistências ou existências ainda não-costuradas. Assim igualmente se costura a mentira, que deixa de Ser no exato momento em que dita passa a existir no engodo de outrem, e existindo também é realidade.

É a fé que molda o tecido da verdade. E a intenção que tinge o tecido da mentira. Ambos existem e cobrem a nudez das existências.

Por longo tempo passivamente aceitei cobrir-me com tecidos alheios, estive coberta por tinturas e engodos não desejados. Mas àaquela época minha fé e crença em tais palavras costuradas, fazia eu acreditar que elas cobriam minha nudez existencial. Eu vivia confortável coberta com mentiras pretensamente costuradas por bocas e mentes alheias. Um dia então percebo risos maliciosos a encarar minha nudez travestida com mentiras, me senti humilhada. Rasguei minhas vestes e comecei a andar nua. Nada mais de Mentiras e Verdades, somente a pura existência crua.

Por muito tempo senti o doloroso frio daqueles que andam nus. Cada palavra alheia tocada em minha carne viva arranhava as entranhas de minha vulnerável existência. Sem proteção sofri as chicotadas das ásperas palavras e verdades alheias a julgar minha existência pelada. Minha pele rasgada e revoltada pedia proteção.

Cansada de sofrer aprendi a costurar os vestidos de minha verdade, e as cores de minhas mentiras. Não visto os tecidos da verdade-moda. Eu crio e recrio minha EstÉtica

Minha vida é um desfile de existências. E glamorosa percorro o palco da vida com as mais diversas cores, formas e texturas. Sou a artesã dos mantos de minha fé e intenção. Sou uma nômade existencial e estou em todos os tempos e lugares e me cubro com os tecidos costurados com aquilo que me convém.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Me dê a mão sem medo

Para aquele que teme viver por medo de morrer. Convido: Me dê a mão e vamos juntos mergulhar no sangue da Vida e Morte. Te desejo na Alegria e Tristeza. No Amor e Ódio. Na Esperança e Desespero! Nosso orgulho e nosso sangue ficarão unidos por toda a eternidade.Sangue é Vida e Vida é Alma! Desejo teu sangue e tudo que contém nele!


Reich Mir Die Hand

Einsam irrst du durch die kalte nacht,
auf der suche nach unendlichkeit.
Getrieben vond der gier die in dir wächst und
deine seele stück für stück zerstören will.

Die vernunft und dein verstand sie schwinden,
du siehst du welt nur noch in dunklen farben.
Für dich hat jetzt und hier die jagd begonnen,
das blut des schicksals klebt an deinen Händen.

Reich mir die hand, unsere welt wird brennen.
Der zweifel und die angst werden im feuer untergehn.
Reich mir die hand, unsere welt soll brennen,
unser stolz und unser blut in alle ewigkeit vereint.

Spürst du die kraft, spürst die neue freiheit?
Geboren aus dunkler vergangenheit
Die Erinnerung an dein altes leben,
verblasst im schatten einer neuen zeit.

Die vernunft und dein verstand sie schwinden,
du siehst du welt nur noch in dunklen farben.
Für dich hat jetzt und hier die jagd begonnen,
das blut des schicksals klebt an deinen händen.

Reich mir die hand, unsere welt wird brennen.
Der zweifel und die angst werden im feuer untergehn.
Reich mir die hand, unsere welt soll brennen,
unser stolz und unser blut in alle ewigkeit vereint.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Para os Seres de "Bem"

"Eis aqui, porém mais uma prudência com os humanos: Não quero privar-me do espetáculo dos maus por timidez igual à vossa, seres de Bem.

Sinto-me feliz em ver os milagres que faz eclodir um sol ardente: tigres e palmeiras e cobras peçonhentas.

Também se vêm entre os humanos belas crias do sol ardente e muitas coisas admiráveis entre os maus.

Da mesma maneira que vossos sábios ilustres não me pareciam tão sabios, assim também encontrei a maldade ddos humanos inferior à sua reputação.
Na verdade, até para o mal há um futuro. E ainda não se descobriu para o humano o meio-dia mais ardente.

Quantas coisas hoje costumais chamar de as piores maldades, quando na realidade só tem doze pés de largura e três meses de existência. Algum dia, porém, virão ao mundo dragões maiores.

É verdade, justos e bons, há em vós muitas outras coisas que se prestam ao riso, especialmente vosso temor pelo que até hoje se chama "diabo"!
Temem a sí e as suas vontades. 

Vossa justiça e bondade se dá no julgamento e amputação de outros modos de existência. Oh! Seres de bem que condenam, estirpam e estraçalham vontades. Como vocês são bons!  

Eu encontro beleza em todas as existencias possíveis, sejam elas cobras peçonhentas, dragões ou diabos. Valorizo mais a intenção de existência do que as classificações das mesmas."

(Friedrich Nietzsche e Velha Sombra Herege)








Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fulgaz que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr'uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar

E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

(Destinado à aquele que faz meu coração arder) 

terça-feira, 9 de agosto de 2011


Entristece-me ver a fraqueza de espírito desses seres, que ao se depararem com suas vontades, negam-as pedindo permissões a seus pais e costumes. Incapazes de admitir seus desejos fogem e escondem-se atrás de regras, leis e absurdas justificativas. Atrevem-se a julgar, com suas línguas e mentes flácidas, a energia daqueles que exercitam o dom da Liberdade. Rancorosos de sua impotência maldizem do vigor dos que simplesmente Ousam e Existem. Escolhem cravar pregos em seus corpos e acham absurdo aqueles que não aceitam tal ato.

Seres assim é o que vemos por todos os cantos e em todos os tempos. São um rebanho uniforme de seres suicidantes, em constante ato de suicídio, o pior suicídio: o da alma. Vestem-se, comem, e comportam-se segundo o permitido e autorizado, completamente secos e estéreis de Imaginação e Criação. Envergonho-me desses seres que se intitulam humanos, quando nada mais são do que vermes que rastejam em direção ao mesmo abismo. Não é o corpo que lhe acomete uma doença, mas é a anemia de seus espíritos que lhes enfraquece a Passionalidade. Apavoram-se diante do Intenso, pois ele é ameaça para o fino e fraco fio que sustenta suas miseráveis vidas - pseudovidas.

Que os abutres lhes consumam logo suas carcaças! E limpem nosso mundo de tais dejetos. Carcaças pretensamente nomeadas de corpos.  Apenas túmulos vazios inexistentes de qualquer ser. Talvez quem sabe, e no máximo, algum microorganismo perdido e fadado a autocomiseração.

Sigo e existo, e lamento o tempo que perdi com esses tísicos de alma. Em principio inebriados com o fulgor de minha existência, aproximam-se desejando uma transformação. Mas seus desejos enfermos não sustentam tal ambição. Padecem diante do primeiro obstáculo, e aterrorizados correm para sua mesmice implorando conforto.

Ah! Criaturas pastosas! Eu sigo e existo, e em cada passo me satisfaço, até mesmo em cima de vossos cadáveres. Além de tudo o mais que posso ser, também sou a Necrofilia, e eu me excito e gozo em cima de vossas Mortes!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quando eu pensei que estava perdendo meus critérios, 
descobri que na realidade recém eu estava os criando!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sobre a normalidade

“Afinal o que é ser normal?”


O que questiono aqui tenho a consciência de que não é nenhuma novidade. No decorrer da história da humanidade muitas pessoas já estiveram a pensar a normalidade de sua época. Esse questionar as vezes surge espontâneo sem a influência de outros. Eu mesma no decorrer da minha curta existência por diversas vezes me encontrei e me encontro nesse estado de contemplação e indagação sobre a normalidade, sobre o que é ser normal. Nos primeiros momentos que tal dúvida surgiu em minha mente acreditei ser eu descobridora de uma dúvida até o momento impensada... mal sabia eu, que quase todos os seres humanos em algum momento de suas vidas também se encontram nesse estado de indagação. A diferença entre uns e outros, é que alguns, logo desistem desse estado magnífico de dúvida para caírem em um fatalismo naturalista de que o normal é o que está ai e dado, enquanto outros perseveram em tais dúvidas descobrindo o relativismo sobre as pretensas Verdades humanas, encontrando assim muitas outras formas de vida e de viver.

Também já é de se pensar que se tantos seres humanos em algum momento da vida se questionam sobre o normal é porque talvez ele não seja algo assim tão natural, tão determinado.


         Mas se não é algo natural, então o que é o normal?

Primeiro é importante darmos uma volta ao passado de nossa existência como ser humano e olhar criticamente tal passado. Lá vamos encontrar tão diferentes formas de pensar e viver que para nós hoje seria incabível. E porque naquela época não era incabível? Simplesmente porque era Normal. Vejamos um exemplo: A escravidão dos negros. Hoje mesmo, eu penso que várias coisas que fazemos aqui e agora e que são consideradas normais, talvez no futuro serão abominadas e estudadas como formas bizarras dos seres humanos de nossa época. Um exemplo (eu teria milhares de exemplos para dar): Hoje o ser humano força animais a se reproduzirem (muitos naturalmente não teriam mais condições de tal reprodução) simplesmente porque pertencem a uma raça, e vendem tais animais como mercadorias, e há aqueles que compram essas “mercadorias” dizendo que se preocupam com a vida deles, quando existem milhares de outros animais espalhados por nossas metrópoles sofrendo, precisando de atenção e carinho e que poderiam ser adotados (gratuitamente) mas não o são simplesmente porque não tem RAÇA. Aff.... seres humanos assim, são os normais que vemos diariamente andando pelas ruas com seus animais acorrentados reproduzidos em laboratório. Nesses seres humanos não existe sofrimento psíquico... sofrer porque? se nem pensam em suas ações e nas possíveis causas que elas podem gerar? Mas eles são os normais... 



Assim como o conceito de normalidade pode ser relativo digo o mesmo para sofrimento psíquico. Muitos pensam que o sofrimento psiquico é propriedade dos "doentes", enquanto os "normais" não sofrem. Eu vejo o sofrimento psíquico por vários ângulos.  
 
Pensar no ser humano sem sofrimento psíquico e plenamente adaptado ao meio é pensar em um negro na época da escravidão, sendo “tratado” por um psicólogo que o ajuda a aceitar os grilhões que foram-lhe impostos pelo meio social. Teríamos então, um negro feliz, adaptado ao ferro que machuca sua carne e que tira-lhe aquilo que um ser humano tem de mais precioso e que justamente o faz humano: a liberdade.

 

Se pensarmos que vivemos em uma sociedade injusta, preconceituosa, desumana, indiferente aos seus reais problemas, eu até acho mais do que natural que exista sofrimento psíquico. Anormal é não sofrer! Nesse estado social não é de se estranhar que existam tantos suicidas, tantos paranóides, bipolares, borderlines, compulsivos etc... etc.. Eles estão reagindo da forma natural que se deveria reagir a tais acontecimentos. Estranho mesmo é aceitar tanta injustiça com tanta passividade como todos os ditos “normais” aceitam, isso sim é de se estranhar... Por isso não vejo os esquemas desadaptativos como algo ruim, simplesmente é uma forma de negar o que não faz bem. É o conflito do humano com o desumano que não pretende ser. 



O órfão não sofre pela ausência de um pai e de uma mãe, ele sofre sim por viver em uma sociedade que valoriza a idéia de núcleo familiar sanguíneo, ignorando os que não possuem tais núcleos... Podemos ver em muitas sociedades indígenas que não existem órfãos, pois o filho de um é o filho de todos. Nesse sentido o órfão em nossa sociedade não deve tentar remediar sua falta criando uma nova família, isso seria somente fortalecer seu sofrimento. Deve ele sim, tomar consciência de seu sofrimento e fazer dele uma luta contra aquilo que fez ele sofrer: o núcleo familiar sanguíneo. Ou seja, num mundo que não é nada social, a melhor forma de se adaptar é se tornar antisocial.

Penso assim que o sofrimento não deve ser eliminado, o sofrimento é a reação saudável em resposta a um mundo insalubre. Devemos sim trazer esse sofrimento para consciência, mas não para extirpá-lo (sabemos que isso é impossível) e sim fazer com que esse sofrimento consciente seja uma arma que deverá ferir e matar aquilo que faz ele existente. Vejamos um exemplo: Os homossexuais por muito tempo estiveram nas listas de classificações de sofredores psíquicos. Mas o possível sofrimento deles era advindo de onde? Apenas de suas cabeças “loucas e pervertidas” (como por muitos foram classificados)? Ou será um sofrimento advindo do conflito de seus desejos com uma sociedade machista e retrógrada? Quando eles criaram coragem para lutar contra esses preconceitos, contra essa sociedade acabaram por sair da maldita classificação e fizeram seus desejos (antes pervertidos), em uma opção para a humanidade. Seres humanos assim são os Imortais. Desejo que possam todos àqueles que há longos anos estão fardados a carregar rótulos tão pesados criados não sei por quem, que se revoltem com tais criadores e destruam seus preceitos e preconceitos, e se não podem os destruir, que façam se calar.



domingo, 31 de julho de 2011

Depois de me perder em algumas alucinações e miragens
Distorcidas nas imagens de pretensas cumplicidades
Encontro-me finalmente na lucidez de minha solidão

Agora em voz alta consigo me dizer:
"Segue teu caminho solitário e selvagem. E enquanto a navalha não te amputa a vida...
Siga! Critique, Transforme, Crie! Viva a Heresia!"

Finalmente consegui sair do maldito encantamento afetivo. Entranhas limpas. Visceras curadas! Ai vou eu!

O blog a partir de hoje passa a responder a seu objetivo primário!

Esquivo-Amor

Em teus olhos eu via o tremor daqueles que hesitam
Tua pele vacilante receava ao tímido toque
Tuas mãos inseguras apalpavam o medo de tua aura
E tua respiração sôfrega atacava teu coração fraco
Mas você nunca admitiu tuas incertezas
Como mula empacou num fingimento estúpido e declarado

Pensava enganar os outros
Mas somente enganava a si

E nessa enganação e negação do teu querer
Perdeu o abraço amoroso que te acarinhava

Meu silêncio é a única resposta possível para tua insegurança descarada
Segue teu medo e adormeça nos braços de tua dor

domingo, 24 de julho de 2011

(Des)Comunicação

A palavra trancada e não-dita sufoca a alma
na agonia do limbo que nos separa
cavado pelos nossos próprios medos

Através de tímidos gestos procuro
desesperadamente a tua atenção
sendo recepcionada apenas pela tua indiferença
Um olhar vazio e um ouvido mouco
Afeto cadavérico, paixão mortificada
Assassinada pela tua não-vontade afiada

O tempo se reveste da taciturna palavra
Ecoa afetos mudos e cegos
Corpos intocados esfriam-se de si
E a memória aniquila tua ultima imagem num quadro
Uma arte nostálgica e só. E só.Só.

sexta-feira, 22 de julho de 2011


"Se hoje eu vos incomodo, se hoje mato, é porque mataram em mim o que tinha de melhor. Sou apenas um espelho de vocês mesmos. Podem até criar diagnósticos para minha conduta, tentando me encarcerar em rótulos, como se eu fosse o problema em mim mesmo, nascido de mim, vivido em mim, crescido em mim. Mas bem sabem vocês o quanto eu tentei, bem sabem vocês que me esforcei, que lutei, que acreditei... e em todo esse tempo que me dediquei e acreditava, o que fizeram vocês? Me ignoraram, valorizaram mais os “Seus”, mesmo esses ai sendo crápulas e parasitas. Debocharam, humilharam, diminuíram até sumir o que eu tinha de melhor. Como poderia eu continuar tentando  visto não haver chance para mim? Hoje me torno Imortal através das “barbáries” que fiz, agora vocês me supervalorizam, agora vocês me dão atenção, falam de mim, me colocam no jornal, na tv, na revista. Hoje estou na boca de todos. Hoje só tenho atenção de todos. Tantas vezes antes, tentei falar, mas minha fala sempre foi abafada pelos risos. Hoje estão vocês aqui a minha volta. Hoje os parasitas estão trabalhando para mim, me diagnosticando, me escutando, me olhando. Olhos medrosos, isso é verdade. Eu vejo vossos medos. Mas estão me olhando e isso me basta. Meu nome é Psicopata, nascido e criado em vossa sociedade" 

(Relatos de um Psicopata)


quinta-feira, 21 de julho de 2011

A folha

Caminho desiludida com tanta incompreensão, estou só, mas talvez esse seja o caminho de quem ama, amor altruísta. Com as mãos a esquentar no bolso sigo tranqüilamente nessa tarde fria. Apesar de ser inverno, o sol com seus últimos raios do dia, pinta o céu azul com riscos dourados. Pássaros cantam em sinfonia nas copas das árvores. No embalo da sinfonia esqueço meu corpo parado na rua. Meus olhos levantam a altura da copa das árvores para se encontrar com os autores de tão divina música. Mas o que encontro lá é uma obstinada folha solitária a balançar ao vento fresco. Solitária e teimosa insiste em dançar no meio das verdes estátuas. Pequena solitária bailarina verde.

Naquele instante meus olhos seguraram aquela folhinha, aquela minúscula folhinha que balançava, e naquele seu tremer toda ela dizia: “Olhe estou viva! Eu existo!”. Há quanto tempo ela estava ali? Ela nasceu, cresceu e hoje nesse fim de tarde de céu azul e dourado ela pedia com toda sua existência um momento de ser ela mesma, um momento de ser não uma copa, mas ela: Folhinha! Será que alguém já  havia reparado nessa pequena bailarina? Será que alguém com ela já havia namorado? Disso não saberei tampouco ela me responderá, mas de uma coisa tenho certeza: hoje, ela e eu, vivíamos uma para a outra. Era o nosso momento: meu e dela! Momento sagrado! Meus olhos acariciavam sua pele verde, suas veias de seiva e ela me retribuía com seu bailar vivo esverdeado! Mesmo distantes, ela lá no alto e eu aqui embaixo, trocávamos uma relação de amor e de reconhecimento como seres únicos. 

Talvez realmente, nunca alguém a tenha notado, mas hoje e, talvez somente hoje, ela era única! Talvez eu também! Ela era a folha viva que também preenchia aquela copa, naquela árvore dentre tantas outras, mas aquela!!! Sim! Ela era uma folha muito especial, mas por quanto tempo ela ainda estaria ali? Também não saberia responder...talvez amanhã o vento frio da morte a levaria para outros lugares, para perto da terra, talvez não, mas de qualquer maneira amanhã seria outro dia e mesmo eu passando novamente por essa árvore que carregava um dos amores de minha vida, eu já não a encontraria mais no balançar de tantas outras: folhinha!
                  

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"Que vá Foucault analisar discursos lá no inferno, na boca do Diabo. 
Meu negócio agora é Literatura, meu amado Camus e muito Vinho!"

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Dance With Me

 
 
 
Let's dance little stranger
Show me secret sins
Love can be like bondage
Seduce me once again

Burning like an angel
Who has heaven in reprieve
Burning like the voodoo man
With devils on his sleeve

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Like an apparition
You don't seem real at all
Like a premonition
Of curses on my soul

The way I want to love you
Well it could be against the law
I've seen you in a thousand minds
You've made the angels fall

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Come on little stranger
There's only one last dance
Soon the music's over
Let's give it one more chance

Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

Take a chance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nomadismo Afetivo

Sou o Eterno nômade
dos infinitos territórios afetivos

Em minhas andanças
Não respeito as cercas identitárias
Eu as pulo, corto-as e as penetro...

Enquanto os outros vivem apertados
nas cercas que criaram ao seu próprio redor,
eu tenho o mundo ao meu dispor,
mas essas pobres criaturas procuram julgar minha liberdade
 com os valores que as espremem na minúscula cerca.
Olham para mim com olhos vulgares,
não percebem que esses olhos estão
contaminados pelos medíocres valores,
pois o mundo aqui fora tem outros ares

Meu mundo é onde estou
E eu estou em todos os lugares
Meu amor está em todos os corações
E o meu orgasmo em todos os sexos

Sou o desconforto para
os pobres proprietários afetivos
que tendo apenas um território
o defendem de forma tão miserável

Mas lá estou eu
dentro deles ao convite deles
Assustam-se diante
do significado de suas próprias escolhas
e no impulso desesperado
pretensiosamente tentam me expulsar

Mas uma vez convidado
Eu não me retiro mais...
Eu não aceito o convite e o beijo
Sem desejar vossas almas

E através desse beijo carinhoso
Eu rejuvenesço um pouco mais
Deixando um pouquinho de minha morte

Minha materialidade vai, some
Caminha em direção
a novos territórios afetivos
Sempre em busca de mais e mais
            VITIMAS




(Em glória a minha existência Afecto-nômade)