quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Não é por Amor que eu vivo. Meu melhor alimento é o Ódio. Ódio colhido no campo de meus inimigos e cozido na forma de minha repulsa. Ódio delicioso que alimenta meu espírito vingativo. A minha melhor vingança é minha Eternidade. Eternidade aguda e afiada que esquarteja os medíocres mortais. Sou uma Sombra Eterna nos campos de meus inimigos. E com minha escuridão devoro minhas vítimas através do medo que lhes aflige. Não é por Amor que cresço. É a energia do Ódio que me impulsiona cada vez mais para longe e para o alto.

Meu peso intenso esmagará vossas cabeças por todo o tempo até vossas mortes. Vós seres medíocres que me enojam. É desse nojo e desprezo que aprendo a ser diferente de tudo que não quero. E luto e me transformo dia após dia sempre em busca de mais e mais, e sempre muito longe de vós. É de vossas imagens asquerosas que aprendo sempre a ser Eu, elevando ainda mais alto meu espírito Imortal. Vós sois o quadro estagnado que contemplo para lembrar por onde não devo ir. Vossas vidas cheias de medo e incoerências são um circo a meus olhos sagazes. Cuspo sobre vossas almas seres medíocres. Vossa mediocridade contenta-se em existir apenas em baixos muros. Jamais poderão viver a beira de um abismo ou no brilho de uma estrela. Nascem, crescem e morrem em vossos murinhos em meio a toneladas de outros cadáveres. Vocês morrem? Mas é possível morrer quem já se encontra morto?

Eu sou a Velha Sombra Herege e esmago vossas cabeças com minha escuridão. Busco o terror de minhas trevas nos abismos mais profundos. Lá onde apenas os Deuses e Demônios podem entrar. E minha Eternidade amplia-se na ardência das mais vigorosas estrelas. Lá onde o vácuo implode o corpo celestial. Lugares aonde jamais os espíritos medíocres chegarão. Pois a mediocridades vive protegida em cima do muro que divide as intensidades. Mas só se protegem os fracos. Eu me atiro e vivo intensamente os extremos porque em minhas veias corre o mais precioso sangue de energia e fortaleza. Meus olhos finamente lapidados são diamantes negros a perfurar esse mundo. E nada passa inerte diante desses diamantes. Não é por Amor que eu vivo. Mas com Amor eu brinco e me divirto, delicioso passatempo. Passa tempo. Eu Eterna.

Seguia – com a fé dilacerada – o meu caminho solitário. Um olhar para o futuro com a esperança murcha. Foi-se o tempo em que meus passos procuravam alinhamento com outros passos. Acreditava eu na força da união. Mas nessas andanças conjuntas eu apenas tropeçava, caindo sempre na lama do desespero. Aceitei meu bailar monge, e seguia assim sempre só. Solitário e objetivo se tornou minha trilha, sem preocupação com alinhamento de ritmos. 

Mas eis que então atravessou em meu caminho o brilho de um sorriso sincero e sereno. Perdi a pressa, desejando apenas contemplar esse brilho. Para onde foram meus objetivos? Novos rumos se construíram com essa luz.  Meu coração alegre cantou a sinfonia da união. Idealizei estradas e paragens percorridas com a força e a velocidade de dois. Mas descobri que não há sonhos para dois, o caminho é sempre único e estreito. Caminho esse que apenas passa um. Eu sempre tento me espremer para te ter ao meu lado, mas te cansa e te incomoda os lugares apertados. Prefere apertar-se junto a amigos. E então o que posso fazer? Minha vontade nunca será suficiente para conquistar tua vontade. Minha vontade anda a passos largos em meu caminho, o estreito caminho solitário.  E sei que logo tudo acabará. Não tenho mais fé, e me cansa sofrer essa antecipação. As vezes penso: “Porque continuar?”


 Quero fugir para meu caminho estreito e objetivo, fechar as portas atrás de mim e me fazer invisível aos olhos apaixonados que estagnam meu sangue violento e selvagem. Não suporto mais ser atirada na lama do desespero. Meu amor é demasiado intenso para os pequenos corações. Sou proibida de amar. Escondo meu Amor em lugares obscuros transformando-o em vinagre de Ódio. Mas vocês não querem meu Amor e tampouco meu Ódio, e então porque me importunam? Porque se atravessam em meu caminho?

Vou empunhar uma faca, e para todos os olhares e lábios carinhosos que me importunarem eu me vingarei esquartejando-os. Não suporto vossas caricias hipócritas, vossa sedução irresponsável, não suporto mais a conquista que se enoja do que conquistou. Saiam de perto de mim! Me deixem só! Eu apenas quero seguir ... ir... e nunca mais voltar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Verdade, Mentira e Realidade


De teus lábios eu vejo palavras sendo costuradas em frases através da linha de uma lógica. A tua lógica! Linha essa, presa a agulha fina e firme de tua vontade. Ponto por ponto - de tua vista - se costura o forte tecido de tua verdade. O tecido da manta pesada e quente, que te situa e te acalenta, num mundo de inexistências ou existências ainda não-costuradas. Assim igualmente se costura a mentira, que deixa de Ser no exato momento em que dita passa a existir no engodo de outrem, e existindo também é realidade.

É a fé que molda o tecido da verdade. E a intenção que tinge o tecido da mentira. Ambos existem e cobrem a nudez das existências.

Por longo tempo passivamente aceitei cobrir-me com tecidos alheios, estive coberta por tinturas e engodos não desejados. Mas àaquela época minha fé e crença em tais palavras costuradas, fazia eu acreditar que elas cobriam minha nudez existencial. Eu vivia confortável coberta com mentiras pretensamente costuradas por bocas e mentes alheias. Um dia então percebo risos maliciosos a encarar minha nudez travestida com mentiras, me senti humilhada. Rasguei minhas vestes e comecei a andar nua. Nada mais de Mentiras e Verdades, somente a pura existência crua.

Por muito tempo senti o doloroso frio daqueles que andam nus. Cada palavra alheia tocada em minha carne viva arranhava as entranhas de minha vulnerável existência. Sem proteção sofri as chicotadas das ásperas palavras e verdades alheias a julgar minha existência pelada. Minha pele rasgada e revoltada pedia proteção.

Cansada de sofrer aprendi a costurar os vestidos de minha verdade, e as cores de minhas mentiras. Não visto os tecidos da verdade-moda. Eu crio e recrio minha EstÉtica

Minha vida é um desfile de existências. E glamorosa percorro o palco da vida com as mais diversas cores, formas e texturas. Sou a artesã dos mantos de minha fé e intenção. Sou uma nômade existencial e estou em todos os tempos e lugares e me cubro com os tecidos costurados com aquilo que me convém.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Me dê a mão sem medo

Para aquele que teme viver por medo de morrer. Convido: Me dê a mão e vamos juntos mergulhar no sangue da Vida e Morte. Te desejo na Alegria e Tristeza. No Amor e Ódio. Na Esperança e Desespero! Nosso orgulho e nosso sangue ficarão unidos por toda a eternidade.Sangue é Vida e Vida é Alma! Desejo teu sangue e tudo que contém nele!


Reich Mir Die Hand

Einsam irrst du durch die kalte nacht,
auf der suche nach unendlichkeit.
Getrieben vond der gier die in dir wächst und
deine seele stück für stück zerstören will.

Die vernunft und dein verstand sie schwinden,
du siehst du welt nur noch in dunklen farben.
Für dich hat jetzt und hier die jagd begonnen,
das blut des schicksals klebt an deinen Händen.

Reich mir die hand, unsere welt wird brennen.
Der zweifel und die angst werden im feuer untergehn.
Reich mir die hand, unsere welt soll brennen,
unser stolz und unser blut in alle ewigkeit vereint.

Spürst du die kraft, spürst die neue freiheit?
Geboren aus dunkler vergangenheit
Die Erinnerung an dein altes leben,
verblasst im schatten einer neuen zeit.

Die vernunft und dein verstand sie schwinden,
du siehst du welt nur noch in dunklen farben.
Für dich hat jetzt und hier die jagd begonnen,
das blut des schicksals klebt an deinen händen.

Reich mir die hand, unsere welt wird brennen.
Der zweifel und die angst werden im feuer untergehn.
Reich mir die hand, unsere welt soll brennen,
unser stolz und unser blut in alle ewigkeit vereint.