quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sou Passageira

Mais uma estrada percorrida
Deixo minhas pegadas fortes
Nesse terreno macio

Foram belos campos
Com flores e arco-iris
Onde desejei deitar no gramado
E ficar acariciada para sempre
pelo brilho do sol

Mas a paz me cansa
Sou passageira
e minha alma transmuta
sempre curiosa dos além

Deixo os vales verdejantes
Com uma pequena dor no peito
E algumas lágrimas

Mas o Além sempre me cativa
Revigora o peito comprimido
Oxigena o olhar e as vontades

Deixo mais um terreno
E assim como outros
Sempre encontro melhores paragens

Para trás ficam algumas lembranças
E os fantasmas encaixotados nas suas mesmices
Marionetes de almas fracas e apodrecidas

E eu sigo, sempre avante, avante
Para além dos vales e montes
Apreciando cada terreno que Piso

(Destinado a um anjo que não tem asas para voar... e que morrerá na sua auto-degeneração)

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