quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nomadismo Afetivo

Sou o Eterno nômade
dos infinitos territórios afetivos

Em minhas andanças
Não respeito as cercas identitárias
Eu as pulo, corto-as e as penetro...

Enquanto os outros vivem apertados
nas cercas que criaram ao seu próprio redor,
eu tenho o mundo ao meu dispor,
mas essas pobres criaturas procuram julgar minha liberdade
 com os valores que as espremem na minúscula cerca.
Olham para mim com olhos vulgares,
não percebem que esses olhos estão
contaminados pelos medíocres valores,
pois o mundo aqui fora tem outros ares

Meu mundo é onde estou
E eu estou em todos os lugares
Meu amor está em todos os corações
E o meu orgasmo em todos os sexos

Sou o desconforto para
os pobres proprietários afetivos
que tendo apenas um território
o defendem de forma tão miserável

Mas lá estou eu
dentro deles ao convite deles
Assustam-se diante
do significado de suas próprias escolhas
e no impulso desesperado
pretensiosamente tentam me expulsar

Mas uma vez convidado
Eu não me retiro mais...
Eu não aceito o convite e o beijo
Sem desejar vossas almas

E através desse beijo carinhoso
Eu rejuvenesço um pouco mais
Deixando um pouquinho de minha morte

Minha materialidade vai, some
Caminha em direção
a novos territórios afetivos
Sempre em busca de mais e mais
            VITIMAS




(Em glória a minha existência Afecto-nômade)

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