sábado, 9 de julho de 2011

Desconforto

Sou a Sombra
E me projeto através da luz alheia

Sou o obscuro que todos negam ver em si
E estou em todos os corpos e curvas
Nas dobras da vida

Eu vivo no limbo das curvas do pensamento, das ações e desejos
Onde a luz não tem vida

Sou o pensamento recalcado
O desejo proibido
A vontade estagnada

Meu império é a Escuridão
Meu castelo a Perversão
O Mistério é meu amante
E a Ignorância minha melhor amiga

Eu sou o instante anterior a convulsão
O vulcão adormecido
O caos em pronto ataque
O cataclismo em gestação

Os covardes me temem
porque não possuem forças contra o meu poder

Mas sou apenas uma criança safada
Sedenta de travessuras
E dou risada dos covardes que desesperados
se atiram aos raios de luz para não me enxergarem
Mas estou sempre ali: Atrás e através deles... Sempre ali...

Sou o beijo carinhoso nas vísceras em carne viva
O Carinho e o Desconforto acasalados em profundo orgasmo

E vou incomodar vocês
Para sempre e sempre...
Ai onde o escuro cresce
Enquanto vocês fogem

(Destinado aos Diabos, Vampiros e Ciganos que temem a sí mesmos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário