terça-feira, 9 de agosto de 2011


Entristece-me ver a fraqueza de espírito desses seres, que ao se depararem com suas vontades, negam-as pedindo permissões a seus pais e costumes. Incapazes de admitir seus desejos fogem e escondem-se atrás de regras, leis e absurdas justificativas. Atrevem-se a julgar, com suas línguas e mentes flácidas, a energia daqueles que exercitam o dom da Liberdade. Rancorosos de sua impotência maldizem do vigor dos que simplesmente Ousam e Existem. Escolhem cravar pregos em seus corpos e acham absurdo aqueles que não aceitam tal ato.

Seres assim é o que vemos por todos os cantos e em todos os tempos. São um rebanho uniforme de seres suicidantes, em constante ato de suicídio, o pior suicídio: o da alma. Vestem-se, comem, e comportam-se segundo o permitido e autorizado, completamente secos e estéreis de Imaginação e Criação. Envergonho-me desses seres que se intitulam humanos, quando nada mais são do que vermes que rastejam em direção ao mesmo abismo. Não é o corpo que lhe acomete uma doença, mas é a anemia de seus espíritos que lhes enfraquece a Passionalidade. Apavoram-se diante do Intenso, pois ele é ameaça para o fino e fraco fio que sustenta suas miseráveis vidas - pseudovidas.

Que os abutres lhes consumam logo suas carcaças! E limpem nosso mundo de tais dejetos. Carcaças pretensamente nomeadas de corpos.  Apenas túmulos vazios inexistentes de qualquer ser. Talvez quem sabe, e no máximo, algum microorganismo perdido e fadado a autocomiseração.

Sigo e existo, e lamento o tempo que perdi com esses tísicos de alma. Em principio inebriados com o fulgor de minha existência, aproximam-se desejando uma transformação. Mas seus desejos enfermos não sustentam tal ambição. Padecem diante do primeiro obstáculo, e aterrorizados correm para sua mesmice implorando conforto.

Ah! Criaturas pastosas! Eu sigo e existo, e em cada passo me satisfaço, até mesmo em cima de vossos cadáveres. Além de tudo o mais que posso ser, também sou a Necrofilia, e eu me excito e gozo em cima de vossas Mortes!

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