terça-feira, 12 de março de 2013


A inexistência grita em mim desesperados ecos surdos
E com malicia enrosca violentamente meus afetos no intenso vazio
E com sua lamina de vácuo amputa minhas formas
abre um rombo em meu peito
Engolindo a concretude de meus ocos ideais
E sob essa carcaça que pouco reage
Ainda cospe o nada em minha alma

Vá amaldiçoada inexistência!
Mas leve-me contigo
Desmanchou meu território
Destruiu minhas fronteiras
Existo sem forma: inexistência de mim!
Existência no todo, ou seja, o Nada!

Nenhum comentário:

Postar um comentário