domingo, 9 de março de 2014

Ilusão

  
E nesse deserto afetivo eu tateava algum encontro possível
Tantas vezes minha ilusão te fazia próximo
Deliciosa sensação que se desvanecia
Abandonando-me na solitude árida desse afeto

Já não sei o que é realidade ou ilusão
Cada gesto teu por mim visto e sentido
É apenas dúvidas
Há ainda esperança?

Eu sei que te machuquei
Queria que minhas lágrimas
Cicatrizassem tuas feridas
Mas talvez as feridas que causei
Foram mais fundas que minha capacidade de chorar
Quantos litros mais tu queres de mim?

E talvez tu já não queres mais nada
Nada

Porém continuo fazendo da minha realidade
Esses momentos de ilusão

Em mim tu nunca foi
É
Cuido e mimo cada lembrança
Contemplo e acaricio cada atual gesto
Que pelo visto é o que me resta...


Amor sem pretensão!


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