quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Dançando entre a decepção pelos jovens fugazes
E alegria de retornar a meu fiel companheiro
Um chamado me convoca

Eis que surge nas sombras da noite
O maligno aracnídeo
Entre a fuga e o enfrentamento
Extraviei minutos sagrados
Aracnídeo astuto
Com uma única palavra me deu o maligno bote

Ah! Sempre temi as aranhas
Adivinhava nesse medo o meu futuro
Uma aranha me picou
E aqui estou inebriada em seu doce veneno

Tece em meu corpo seus fortes abraços
Engolindo com beijos meu fraco fôlego
Você me envolveu em sua teia
E eu perdi minhas resistências

Com minha última força tento fugir
Mas na exaustão dos delírios
causados pelo teu delicioso veneno
O que me sobra é a plena entrega

E mesmo que eu sinta medo
Já não recuso mais os teus laços e abraços
São teias que me envolvem e me prendem

Já não me pertenço
Sou parte do emaranhamento de tua teia
Ah! Maldita aranha
Aproveite e Devora-me




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