Transito
por um território existencial terrível
Em que
uma fome avassaladora me tira a (c)alma
Já não
produzo mais
Tampouco
me percebo alguém
Apenas
sinto, sinto, sinto e sinto repetidamente essa fome que me devora
Mastiga
vorazmente o meu tempo
Engole
velozmente minha alma
Sou vazio
existencial que só se preenche através do olhar de Outrem
Olhar que
me constrói, me cria, me devolve o eu
Preciso
do olhar-mestre que oriente meu desejo
Pois meu único
desejo agora, só é desse olhar
Vivo
dependente daquilo que jamais me satisfaz
Estou
definitivamente infeliz
Depositei
no teu olhar a minha existência
E você
não me vê
Fome que
me come, me consome, me some
Suspende-me
do meu existir
Obsessivo-Amor-Não-Correspondido
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