Dançando
entre a decepção pelos jovens fugazes
E alegria de
retornar a meu fiel companheiro
Um chamado
me convoca
Eis que
surge nas sombras da noite
O maligno aracnídeo
Entre a fuga
e o enfrentamento
Extraviei
minutos sagrados
Aracnídeo
astuto
Com uma única
palavra me deu o maligno bote
Ah! Sempre
temi as aranhas
Adivinhava
nesse medo o meu futuro
Uma aranha
me picou
E aqui estou
inebriada em seu doce veneno
Tece em meu
corpo seus fortes abraços
Engolindo
com beijos meu fraco fôlego
Você me
envolveu em sua teia
E eu perdi minhas
resistências
Com minha
última força tento fugir
Mas na
exaustão dos delírios
causados
pelo teu delicioso veneno
O que me
sobra é a plena entrega
E mesmo que
eu sinta medo
Já não recuso
mais os teus laços e abraços
São teias que
me envolvem e me prendem
Já não me
pertenço
Sou parte do
emaranhamento de tua teia
Ah! Maldita
aranha
Aproveite e Devora-me
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